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29 de abr. de 2009

"TOC TOC !! Os livros batem à porta!"

Neste final de semana o caderno Prosa & Verso trazia na capa o título "Toc, toc: os livros batem à porta", da excelente matéria assinada por Miguel Conde. Acreditem: a Avon vende livros em seus catálogos Moda & Casa! E de porta em porta, claro. Como, se ninguém mais abre a casa para gente desconhecida? Ah, porque a revendedora atua em rede, sempre recomendada por alguém conhecido do cliente. E querem saber? Com o aumento do poder aquisitivo das classes C e D, a Avon no Brasil tornou-se um dos maiores vendedores de livros do país.

Essa venda acontece, principalmente, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde se localiza a principal escassez de livrarias e boas bibliotecas. Ou seja, com uma equipe de mais de um milhão de revendedoras e parcerias com grandes editoras como Sextante, Record e Ediouro, a empresa provou que existe uma demanda reprimida por leitura no Brasil. Mais. Está mostrando não ser verdadeira a premissa de que brasileiro não gosta de ler. Ao contrário, para o pobre educado os livros fazem parte de sua ascensão social.

Certo. Porém, como conseguir preços acessíveis? O pulo do gato da Avon consiste em perceber e passar para as editoras o que o cliente quer. A partir daí, os editores selecionam os títulos adequados ou produzem obras novas, com tiragem sempre acima de 30 mil. A grande quantidade, o formato menor e a capa sem orelhas (mas sem deixar de ser atraente) barateiam o livro; o texto é mantido integral. Os títulos são os mais diversos: auto-ajuda, moda, culinária e também literatura. Por exemplo, "O livreiro de Cabul", de Asne Seierstad, "A Casa das Sete Mulheres", de Letícia Wierzchowski. Ambos editados pela BestBolso (selo de pocket books do grupo Record).

Não adianta. Sem livros não se cria o hábito da leitura, não se agregam novos leitores. De acordo com pesquisas da Fipe, o setor inteiro de porta a porta tem crescido, já é o terceiro canal de comercialização de livros no Brasil. Atrás apenas das livrarias e das distribuidoras, depois é que vem a internet. Monteiro Lobato, que tentou vender livro até em açougue, provavelmente diria que de leitor em leitor se faz um país.

Fonte : O Globo.

Livros da Campanha 09/2009:

Beijos espero que gostem!!!

Um comentário:

Ju disse...

Muuuito bacana vc citar sobre os livros, sempre deixamos de prestar atenção neles.. mas realmente os preços sao muito acessiveis..
=D
=**

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